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Felipe Oliveira, com Leonardo Felix
Um Renault Zoe modificado com célula de combustível bateu o recorde mundial de autonomia de um carro elétrico ao completar um trajeto de 2.055,68 quilômetros sem precisar reabastecer.
A Mobiauto já expicou o conceito de célula de combustível neste outro artigo. Geralmente, usa-se hidrogênio líquido para gerar eletricidade, mas é possível realizar o processo com outros elementos, como etanol e até... esterco!
É o caso do Zoe recordista mundial de autonomia. Criado pela empresa francesa ARM Engineering, o veículo utiliza um biocombustível obtido através de resíduos orgânicos como fezes e plantas mortas, processado em célula de combustível para virar energia elétrica e, então, alimentar o motor.
O Zoe já é um automóvel elétrico e, na configuração vendida no Brasil, tem autonomia de 385 km, segundo o rigoroso ciclo europeu WLTP. Portanto, a nova tecnologia mais do que quintuplicou essa capacidade (para ser mais preciso, fê-la crescer em 5,33 vezes).
O recorde foi obtido na última quarta-feira (11), durante uma simulação de rodagem no circuito de Albi, localizado em uma região homônima no sul da França.
Para chegar aos mais de 2.000 km rodados sem precisar reabastecer o tanque de G-H3, a empresa manteve um ciclo de testes no circuito ao longo de três dias seguidos. Cinco pilotos se revezaram ao volante do Zoe, dirigindo o carro das 7h da manhã à meia-noite, até acumular a quilometragem.
Ao todo, foram quase 580 voltas completadas consecutivamente no traçado de 3.565 metros. Para se ter uma ideia, um GP de Fórmula 1, que dura cerca de 1h30min, possui um pouco mais de 300 km de extensão. Já uma corrida de longa duração, como as 24 Horas de Le Mans, chegam a 5.000 km.
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Para conseguir o recorde, os especialistas decidiram utilizar a carga completa das baterias originais do Zoe mais um tanque de 200 litros de G-H3, o tal biocombustível usado na célula. Assim como pode ser feito com etanol, o G-H3 passa por um reformador, de onde se extrai hidrogênio que depois vira eletricidade.
O G-H3 é uma espécie de metanol sintético obtido através da digestão anaeróbica de biomassa não alimentar, como esterco e resíduos vegetais. Em um reformador presente na célula de combustível, é convertido em CO² e hidrogênio, por meio de eletrólise da água. É desse hidrogênio que se extrai a energia elétrica.
Segundo a ARM, um carro movido a célula de G-H3 emite até 80% menos CO² na atmosfera em comparação com um modelo que funciona diretamente com célula de hidrogênio, caso do Toyota Mirai. Que, por sinal, era o detentor anterior do recorde, 1.360 km, estabelecido em 2021.
Ainda de acordo com a empresa, o sistema desenvolvido seria adaptável para um veículo com motor de combustão interna, como um propulsor flex movido a etanol e gasolina.
Imagens: Divulgação/ARM Engineering
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A Watts, startup brasileira de mobilidade elétrica criada em 2019, agora pertence à fabricante de eletrônicos Multilaser. O negócio foi selado nos últimos dias, por mais de R$ 10 milhões. O próximo passo da Watts é ingressar no mercado de motos elétricas. A empresa vai lançar o seu primeiro modelo, a E-150, com produção na Zona Franca de Manaus (AM). E promete que a moto elétrica terá desempenho equivalente ao de uma 125 cc - segmento que concentra a venda de veículos de duas rodas no País.
O aporte faz da Mutlilaser - detentora da Atrio, que fabrica patinetes elétricos - a primeira montadora de veículos 100% elétricos na capital amazonense. É onde produzem as marcas tradicionais de motos, como Honda e BMW, por exemplo. Para a Watts, a entrada da Multilaser no negócio vai ampliar as perspectivas de vendas e pós-vendas.
A ideia é adotar o modelo da "loja dentro da loja" (store within a store, em inglês). Desse modo, haverá comercialização de modelos da Watts nas revendas da Atrio e vice-versa. Dessa forma, a Watts vai rivalizar com a Voltz Motors no segmento de motos elétricas. E deve abrir mais pontos de vendas. Até o momento, conta com sete lojas próprias e 15 distribuidoras autorizadas em 10 Estados do Brasil. A startup segue como controladora, mesmo após a fusão com a Multilaser.
Já disponível em pré-venda no site da Watts, a E-150, que antes era chamada de W-150, pode ter duas baterias de lítio de 72V e 35ah. O conjunto - removível e independente - rende autonomia de até 150 km e velocidade máxima de quase 100 km/h, segundo dados da fabricante. O motor elétrico tem 3000W de potência, o equivalente a 4 cv.
O carregamento das baterias leva até 5 horas, mas a Watts informa que é possível recuperar 80% da carga em apenas 1 hora. A moto tem peso seco de 75 kg, sem as baterias. A suspensão é hidráulica regulável e a moto street usa discos nos freios com sistema CBS. Segundo a ficha técnica, a carga máxima é de 200 kg, ou seja, a E-150 leva até dois adultos grandes.
Em relação aos equipamentos, tem carregador USB, painel de LCD e farol com LEDs. A moto elétrica da Watts é homologada pelo Detran. Por ora, não há preço oficial, mas o modelo é negociado por cerca de R$ 20 mil. A marca, entretanto, não diz quando começam as entregas.
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